
Hoje não foi um dia como os outro que passaram ou como os outros que virão.
Hoje foi um dia em que não esteve nem frio nem calor, foi um de tantos dias em que eu espero o futuro, foi um dos tantos dias em que recordo o passado!
Hoje foi quarta-feira, na universidade, dia de Historia Económica Social e dia de Antropologia fora da universidade, ou seja, da parte da tarde foi dia de trabalhar... trabalhar para aquecer... sim isso mesmo aquecer... foi dia de piscina e foi dia de ir à mata!
Hoje foi dia 18 de Março de 2009, e mesmo que viva mais 80 dezanoves de Março sei e tenho consciência que mesmo que tente nunca vou ter um 18 de Março como o de hoje ou um 19 de Março como o de amanhã...
Hoje foi um dia normal, fiz tudo, ou mais ainda... ou não... do que costumo fazer nos outros dias, mas... talvez o que senti hoje ainda não tenha sentido noutros dias, ou secalhar até já, mas os níveis de nostalgia poderiam ser diferentes...
Hoje não sei se tinha stress acumulado mas sei que tinha saudades, muitas saudades. Saudades.
Saudades daquelas que se sentem aumentar a cada segundo que passa, saudades que se sentem mas nem se sabe muito bem o que é ao inicio... Na verdade já faz algum tempo que as sinto, talvez por causa da distância do meu "habitat" se assim o posso chamar, talvez por andar cansado... Talvez... talvez o que sinta nem sejam saudades, porque o que é para mim saudade pode ser para eles distância... e se há algo que aumenta a saudade é o medo... o receio... a ausência e o silêncio, o cansaço e a tristeza, a melancolia e a alegria... enfim... Saudades!
Da mãe, do pai, da mana, da tia, da primas e dos primos, dos amigos e das amigas, das minhas bezerras, do Team Toxic, da Lago e da Costa, da mota e do carro, da casa e dos vizinhos, das ruas e do café, do pingo doce e da velha adega, da praia, do mar, da areia e do cheiro a maresia das gaivotas a pairar no ar e de avistar a Berlenga, das conversas de esplanada, e das saídas com eles(as), do teatro e de representar, da Joana Contente e da Rita Patuleia, do ar da minha terra e da brisa dos campos, do ladrar da Brisa e do miar do Kovu, de ouvir vozes que sempre conheci e ver quem me conhece acenando nas vielas. Do cruzeiro e do tocar do sino, daquele vento que beija as infelizes latas que estão no chão e as faz rolar, da padaria e dos bolicaos de côco. Dos abraços e das beijassas dos meus e das minhas. Isto serão saudades...? Hoje. Hoje senti isto que vinha de lá e dali, de cima e de baixo da esquerda e da direita, de Norte, Sul Este e Oeste... Oeste, ai Oeste que saudades de ti e dos que lá estão torcendo por mim, deles não me esqueço mesmo ao viver por aqui.
Hoje, foi dia destas saudades todas e talvez amanhã também seja Hoje!
Hoje foi dia de pensar, sentir e reflectir, foi dia de agradecer e de compreender que todos nós temos Hojes bons e maus, azuis ou cinzentos... e assim se vai aprendendo que todos os dias têm um Hoje. Mas que raio de palavra (HOJE) depois de a escrever tanta vez parece que nem a conheço já... mas, mesmo assim, agradeço a todos e a todas que me acompanham em todos os hojes da minha vida e fazem com que cada Hoje seja um hoje diferente do Hoje de amanhã.
Obrigado pelos Hojes todos da minha vida que passaram e que vão passar. Hoje.