terça-feira, 17 de março de 2009

Isto dá que pensar...


O texto abaixo foi um dos textos que representei num teatro - "Aquilo que não conseguimos dizer"... parecendo que não este texto leva-nos a reflectir um pouco sobre algo que nos diz muito mas que na realidade, por vezes não nos diz nada - A Consciência... Por vezes colocamos de lado os nossos sentimentos e os nossos ideais para "obedecer" ao nosso ego.

Será que a Consciência faz-nos bem? Será que nos faz mal? Na minha opinião, também a consciência tem que ter um meio termo... e como tal, porque não por vezes pararmos, olharmos, respirarmos e depois agir? No fundo... para que nos serve um corpo, este corpo que temos... estas mãos, e braços, a cara ou as pernas... enfim um corpo como o meu o teu o deles o nosso, enfim um corpo... para que nos serve se chegamos a desprezá-lo e não lhe damos o valor que devíamos dar... não pensamos na importância que ele tem para nós e para o conforto da nossa mente... a mente precisamente... para que queremos uma mente...são os tais músculos tensos da cabeça... que não agem e não fazem o querem mas sim o que "pensam" que os outro querem que façam... enfim... uma série de respostas que eu encontrei na interpretação deste texto, e agora gostava de partilhar com vocês e que vocês partilhassem a vossa opinião comigo! =)

Sinceramente, penso que este texto nos diz muito... muito sobre nós, sobre o que pensamos e sobre o modo de agir... não fosse o tema dele:


"ÀS VEZES GOSTAVA DE SER MUDO"


Às vezes gostava de ser mudo.
Quem é mudo não precisa falar.
Quem é mudo pode escrever só e isso é um privilégio. Só escrever. Só escrever com o corpo o que os lábios estão a dizer. Só escrever com os lábios, aquilo que se quer dizer.

Às vezes gostava de não ter um corpo. Ou só tê-lo, às vezes. Ou ter outro corpo que não precisasse tanto de escrever aquilo que os lábios não querem dizer. Um corpo suficiente e desprotegido dos lábios. E da consciência. Sem músculos na cabeça tensos que não conseguem acompanhar o corpo, um corpo. Que é o meu.

Um corpo que não precisasse de desejar, para voar. Um corpo que voasse sem o desejar. Um corpo que voasse sem uns lábios a dizer para voar! Ou outros lábios. Outros corpos tensos na cabeça que não conseguem acompanhar o corpo que não precisa desejar, para voar.

Voar. Criar. Dizer.
Aquilo que o corpo quer dizer. Aquilo que os músculos tensos da cabeça não dizem.
Quem és tu?
Que não tens músculos tensos na cabeça?
Como consegues voar sem corpo?
Sem um corpo que te diga coisas… Sem um corpo que diga coisas.
Quem és tu que não tens músculos?
Músculos tensos na cabeça a limitarem aquilo que o corpo quer dizer?
Afinal o que é que dizes?
Não tens nada para dizer?
Pois não! Pois não, não tens nada para dizer.

Eu quero dizer que é mentira, é mentira que o corpo não diga nada. Porque quando ele diz nada, ele diz tudo. Ele diz tudo da verdade! Da verdade, ele diz tudo.

Quem és tu?
Que pensas que tens um corpo?
E músculos na cabeça desprendidos da mentira?
Quem és tu que não falas?
Ou que pensas que falas quando és mudo?
Porque pior que isto é não ser mudo e não poder falar. Ou não conseguir falar por causa dos músculos tensos na cabeça e do corpo que não diz o que os lábios querem dizer…

e não dizem de tão mudos que estão.

2 comentários:

  1. Parabéns pelo blog!!!


    :)))*
    Sê feliz.

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  2. jacintO (: q lembraças tive ao ler o textinho do teatro!! saudadinhas gandes memo, fazem me falta essas aulinhas!
    e´lindooo teu blog, acompanho'o smp (:*

    PARABENS AMIGO!

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